Consumidor, que não quis revelar o nome, moveu, esta semana, uma ação contra a empresa Acme dizendo que em algum momento, durante o uso, seus produtos apresentaram mal funcionamento. Procurado por nossa equipe, o consumidor relatou que está processando a empresa por danos morais, pois sofreu lesões físicas diversas, como queimaduras e fraturas, além de ser humilhado constantemente. Afirmou ainda que foi pessoalmente até o serviço de SAC (serviço de atendimento ao consumidor) da empresa para reportar queixas, mas foi ignorado, sendo solicitado a ele, que entrasse em contato via telefone e protocolasse uma reclamação. Algo que não pôde ser feito, uma vez que o consumidor é mudo e comunica-se exclusivamente por placas. Ele não desistiu e tentou protocolar a reclamação por mensagem no portal eletrônico da empresa (www.acmeenterprise.com), mas não houve resposta.
O advogado que ajuda na ação nos informou que essa situação é vergonhosa, tendo em vista que seu cliente já teria, inclusive, caído de um precipício por causa do mal-funcionamento dos produtos e pede cerca de 2 milhões de dólares e a retirada dos produtos do mercado.
Nossa equipe procurou a acessoria de imprensa da empresa para dar sua versão dos fatos. Eles afirmam que não vão entrar em acordo com o consumidor, pois consideram que as falhas que ocorreram foram motivadas unicamente pela falta de competência no manejo dos produtos, sendo a culpa inteiramente do consumidor nos acidentes. Também ressaltam que todos os produtos foram devidamente testados em laboratório antes de serem lançados no mercado e que nenhum outro consumidor reportou reclamação. Dizem que produtos como a roupa-voadora, o canhão que lança gente e o esqui-de-geladeira são muito populares e que nunca apresentaram defeitos anteriormente.
Apesar desta declaração, novas unidades dos produtos da marca Acme já estão aparecendo no mercado com o seguinte alerta estampado nas caixas: "Não garantimos o funcionamento correto deste produto em casos de perseguições em alta velocidade no meio do deserto".
Por Saul Farias
