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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Tive um sonho legal noite passada:

Tive um sonho legal noite passada:
Estava eu no meu trabalho, e aqui na agência nós temos um mezzanino, uma espécie de pátio aberto no segundo andar onde nós podemos tomar um sol (quase coisa de presídio). De vez em quando eu saio ali para espairecer um pouco e olhar os prédios, é uma vista bem bonita em dias de sol.
No sonho eu estava ali fora olhando a paisagem e percebi que, presos nos topos dos prédios estavam esculturas do R2-D2 feitas de madeira e aquilo me intrigou muito. Voltei para dentro da agência e questionei meus colegas se eles sabiam o que aquilo queria dizer, a grande maioria (obviamente) nem tinha idéia do que era um R2-D2, mas um deles me respondeu que eles estavam ali porque estavam rodando um clipe de uma dupla de rap na agência, era um dupla que só fazia música relacionada com cultura pop e nerd e o clipe era sobre o R2-D2. Desci até o térreo e saí para o pátio que nós temos lá no trabalho, ali estava montado um cenário que lembrava o set do guerra nas estrelas, com vários R2-D2s de plástico em tamanho natural (uns maiores e outros menores), eu me ative em um que era um pouco menor do que o tamanho real, e, em uma das pausas da gravação do clipe, eu fui conversar com a dupla de rappers para perguntar o que eles fariam com os bonecos de plástico que estavam espalhados pelo cenário depois que o clipe estivesse concluído. Eles me responderam que iriam ficar com dois deles e os outros seriam doados e se eu quisesse um poderia escolher um, eu apontei para aquele que tinha chamado minha atenção e eles disseram "tudo bem, pode pegar no final". Esperei a gravação terminar (provavelmente porque eu não tinha nada melhor para fazer no trabalho), e peguei meu boneco do R2-D2, mas daí eu lembrei que, por algum motivo (que eu não recordo agora), eu não poderia levar ele para casa naquele dia, então levei ele para o meu setor e o escondi bem, para pegar no dia seguinte, foi quando eu acordei, e percebi que eu não tinha um boneco quase do tamanho natural do R2-D2 e fiquei chateado, mesmo assim, chegando no trabalho hoje, dei uma olhada no lugar onde eu tinha escondido o boneco no meu sonho, claro que não encontrei nada, mas tive uma sensação prazerosa, quase infantil, ao procurar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Bons filmes que você (talvez) não saiba que foram baseados em histórias em quadrinhos



Bom, não só de capas, músculos e peitos enormes vive a indústria de histórias em quadrinhos. Todos os diferentes gêneros costumeiros de arte existem nas HQs, desde trabalhos biográficos até terror, mas só atualmente, envolvidos no hype hipster, estão sendo publicados por aqui, entretanto mesmo antes dessas publicações nacionais os filmes que foram baseados nessas HQs já haviam saído por aqui, geralmente produções independentes sem muito alarde, sem que a maioria das pessoas sequer imaginassem que eles foram baseados em graphic novels de um certo renome internacionalmente. Vamos a algumas delas:

Bons filmes que você (talvez) não saiba que foram baseados em histórias em quadrinhos:




1 - Uma Escola de Arte Muito Louca (Art School Confidential - EUA - 2006)

Não se enganem pelo nome, essa não é uma comédia adolescente do anos 80 em que um grupo de jovens se mete em grandes confusões em uma escola de arte, bem pelo contrário, dirigido por Terry Zwigoff e baseado em uma história curta de  Daniel Clowes, que mostra os estereótipos existentes em uma escola de arte, o filme é um drama com toques de surrealismo que faz uma crítica aos padrões impostos pela academia de arte formal. Vale a pena dar uma olhada e baixar o gibi, que se encontra disponível na internet.




2 - Do Inferno (From Hell - EUA - 2001)

Basedo na graphic novel de Alan Moore (que odeia que adaptem seus trabalhos), mostra os bastidores do caso de Jack o Estripador. Jonnhy Depp interpreta o protagonista, um detetive com poderes mediúnicos que ajuda no caso. O filme desvia bastante da obra escrita no que se refere a condução da história, dando enfoque ao detetive ao invés do assassino, o que não tira o mérito de ser um bom filme, com uma história envolvente. Confiram os dois.


3 - Ghost World (Ghost World - EUA - 2001)

Outro filme dirigido por Terry Zwigoff baseado na obra de Daniel Clowes, Ghost World foi sua Hq de maior sucesso, e conta a história de duas jovens recém formadas no ensino médio e sua busca de identidade e maturidade, e como suas visões diferenciadas acaba distanciando uma da outra. O filme captura a atmosfera da HQ com maestria e entrega grandes atuações de Tora Birch (de beleza americana) e Scarlett Johanson (em um dos seus primeiros papéis de destaque), as duas protagonistas do longa.

4 - Marcas da Violência (A History of Violence - EUA - 2005)
Baseado na obra de John Wagner e Vince Locke, conta a história de um homem que fugiu da máfia, mas acaba tendo que encarar seu passado quando vira um herói local por matar dois assaltantes. Estranhamente o filme é mais focado na batalha interpessoal do protagonista e sua família lidando com o passado enquanto o gibi é mais uma biografia do personagem e sua luta contra os perigos que expos as pessoas que ama. Bom filme, bom gibi, quem tiver tempo eu recomendo os dois.


5 - Estrada para a Perdição (Road to Perdition - EUA - 2002)

Filme baseado em HQ baseada em outra HQ, Road to Perdition foi uma repaginação de "Lobo Solitário e Filhote", passando a narrativa do Japão feudal para os anos da grande depressão norte-americana. Essa história recriada virou base para o filme, estrelado por Tom Hanks. E conta sobre um mafioso traído que se vê obrigado a fugir com o filho para outro lugar. Filme de gangster, baseado em gibi de gangster baseado em mangá medieval, eu confesso que não vi o filme e nem li o gibi, mas o mangá original é bem legal.

6 - Rockteer - (Rocketeer - EUA - 1991)

Esse é óbvio que é baseado em um gibi. Será? Muita gente pensa que, por se tratar de um personagem meio desconhecido vindo de um gibi obscuro, ele seria uma criação original dos cinemas, ainda mais por lembrar filmes tipicamente "sessão da tarde", com uma história de aventura descompromissada onde o mocinho é bonzinho e o vilão é malvado.Na verdade Rocketeer foi criado nas HQs, em uma homenagem a um período mais inocente dos quadrinhos (a chamada era de ouro) e acabou atraindo a atenção de Hollywood, que acabou fazendo uma versão cinematográfica que é bem divertida e fiel ao gibi.

Parte 2 - Filmes Mainstream baseados em HQs obscuras:

Aqui que a porca torce o rabo, quando Hollywood decide que uma idéia pode se tornar um potencial filme direcionado a um público abrangente, ela geralmente acaba jogando a maçã do outro lado do oceano em relação a árvore, tratando o material de origem com desrespeito ou alterando completamente a ideologia por trás da obra. Trato agora de alguns casos, lembrando que não acho os filmes ruins (a não ser um deles, que eu sinceramente acho péssimo), apenas muito diferentes das HQs.

1 - Homens de Preto - (Men in Black series - EUA - 1997 até 2012)
O filme: Comédia divertida com Will Smith, que conta as desventuras de uma agência que controla atividades alienígenas em nosso planeta, salvando a terra dia-sim-dia-não mantendo seu anominato através de aparelhos que limpam a memória das testemunhas.
A HQ: Gibi sombrio que conta as desventuras de uma agência que controla atividades paranormais e alienígenas em nosso planeta e tem um objetivo secreto de dominar a terra mantendo seu anonimato assassinando testemunhas.

2 - O Máscara (The Mask - EUA - 1994)
O filme: Comédia divertida com Jim Carrrey, na qual ele encontra uma máscara perdida que lhe confere poderes especiais e o transforma em "O Máscara", um ser com cara esverdeada. Como "O Máscara" ele enfrenta os gangster, fica com a mocinha e dá um troco em todos que lhe tratavam como merda.
A HQ: Gibi extremamente violento que conta a história de uma máscara que quando colocada transforma o usuário em "Cabeção", um ser de cara esverdeada que tem poderes incríveis. O enfoque aqui é de um ser com poderes de desenho animado em um mundo real e as consequências disso, então imaginem um anti-herói que ataca seus oponentes com bigornas e bananas de dinamite. O Máscara é com certeza um dos gibis mais violentos que eu já li.

3 - Liga Extraordinária (League of Extraordinary Gentleman - EUA - 2003)
O filme: Uma bosta!
A HQ: Obra prima de Alan Moore e um dos primeiros Mashups da literatura, juntando heróis da literatura clássica em uma Inglaterra vitoriana com uma temática Steampunk. Nesse caso não recomendo, é uma obra obrigatória ser lida, já o filme, por favor, não assista.
EEEEEECCCCCCCCCCAAAAAAAAAAA!!!!!





sábado, 10 de dezembro de 2011

Review - Batman Arkham City


Geralmente eu falo mal de filmes, e personagens de histórias em quadrinhos, mas dessa vez vou falar bem de alguma coisa.
Quem acha que os filmes do Batman do Nolan são bons, não sabe nada. Comprei o Batman Arkham City para Xbox 360 e isso sim daria uma fabuloso filme do Batman, infelizmente ele teria que ter 80 horas de duração, mas isso é o de menos, considerando que já tivemos que aturar 12 horas de hobbits caminhando, perto disso, 80 horas de Batman batendo em mendigos é aliviante.
Eu poderia falar das questões técnicas do jogo, gráficos, jogabilidade, etc... mas como eu não sou especialista nisso, e sou fã de quadrinhos, meu comentário focará apenas no quesito "Arkham City mostra para todo mundo o quanto o Batman é Foda".
Todos os grandes adversários do Homem-Morcego estão lá: Coringa, Duas-Caras, Pinguim, Mulher-Gato, Charada, Ra´s Al Gu. E vários outros de segundo escalão também: Bane, Mercenário, Chapeleiro Louco, Killer Croc, Hugo Strange, Homem Calendário, Máscara Negra e até Hush aparecem e desempenham papel importante no desenvolvimento do jogo. Os aliados do Morcegão estão lá também, Robin vem em um pacote com a edição que eu comprei, tenho ainda que baixá-lo, o Asa Noturna sai em outro DLC ainda esse ano, Alfred, Azrael, Oráculo e James Gordon aparecem como coadjuvantes e oferecem ajuda e dicas durante o jogo.
Eu virei ele com apenas 43% do jogo completo, faltando muita coisa para ver e fazer. Em 4 semanas eu cheguei a 53% do jogo, isso sem contar a campanha da Mulher-Gato, e não pretendo largar tão cedo. As missões paralelas são tão ou mais legais que a missão principal e desvendar os desafios do charada é muito massa. As melhores partes são as de derrotar os mendigos armados, que você acaba realmente se sentindo como o Batman, planejando e calculando as melhores formas de derrotá-los sem que eles descubram o que diabos está acontecendo. A AI é genial e os diálogos são um capítulo a parte. Eu quase me mijei de rir na primeira vez que tive que eliminar os adversários sem ser detectado, a medida que eles eram vencidos e descobriam os corpos inconscientes dos colegas, eles começaram a se desesperar e gritar "droga; vamos morrer; tamos fudidos; o Bátema vai comer o nosso cu; etc..." (alterações em alguns dos diálogos para fins de humor). A interpretação e as motivações dos personagens são primorosas, usando os mesmos dubladores das séries animadas (com destaque para o eterno Luke Skywalker, Mark Hamil, interpretando o Coringa) e roteiro do veterano Paul Dini (escritor da série animada do Batman e alguns quadrinhos), você se sente realmente imerso na história e ansioso pela próxima missão.
Em resumo, Arkham City faz o que nenhum filme do Batman já fez, ele entende o universo do Morcegão como sendo um universo fantástico, onde um homem pode vestir a cueca por cima da calça e sair voando, afastando-o da versão realista do Tim burton, da ultra-realista do Christopher Nolan e da versão País das Maravilhas LSD homossexual de Joel Schumacher, e nos trás o Batman que eu aprecio tanto ler em movimento, deslizando pelas ruas e telhados da cidade Arkham como eu sempre imaginei que seria.

P.S. - esse ano eu só ganhei coisas relacionadas ao Batman (o Arkham City, Um boné do Batman, A volta do Cavaleiro das Trevas do Frank Miller, camiseta, etc...), e isso tem sido muito legal, eu sei que aparentemente eu teria alguma desavença com o personagem, se levarmos em conta, por exemplo, o texto que eu escrevi falando que ele é uma ameaça pública, mas todo mundo sabe que eu adoraria ser um bilionário que bate em mendigos... quem não gostaria?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Superfreak

Superman é doente

 Uns dias atrás eu falei um pouco sobre o Batman, então hoje eu resolvi escrever sobre o Superman. Outro ícone da cultura pop advindo dos quadrinhos. Superman é basicamente um cara que representa o modo de vida norte americano, a verdade, a justiça e a cueca por cima das calças (que foi abolida no reboot que a editora sofreu recentemente).
Alguns escritores, como Grant "cara-lisérgico" Morrison, o vê como um super herói popular, ligado a questões sociais e pronto para ajudar quem quer que seja, baseando-se principalmente no fato de que o personagem fora criado por dois fazendeiros no cu do mundo, onde ele aprendeu humildade e caráter. Outros fazem uma crítica ao modo como ele, tentando esconder sua identidade secreta, debocha dos seres humanos, Clark Kent seria seu modo de representá-los a partir de seu ponto de vista (fracos, medrosos, atrapalhados e incapazes de se virar sem ele - eita, ego dos infernos). Mas isso tudo já foi dito. O que realmente me incomoda é que ele é um alienígena!
A questão dele representar o american way of life é paradoxal se levarmos em conta a política territorial daquele país. Por exemplo, se o mesmo foguete que levava o Superman viesse do México ao invés de Kripton e ao invés de um menino de olhos azuis, levasse um moreninho com a pele cor jambo, ele provavelmente não seria tão bem recebido, ainda mais no Kansas. Mas digamos que os Kent realmente eram boas pessoas, e não dois preconceituosos interioranos, e mesmo assim o adotassem e o criássem como filho, ainda assim tem algo muito depravado nisso tudo.
Pode-se traçar paralelos entre a origem do Superman e a do Tarzan e do Mogli, uma criança acaba perdida em um lugar estranho e é criada fora de seu ambiente natural, mas a comparação para por aí. Tarzan viveu toda a sua infância e juventude na selva criado por macacos, mas só conheceu o amor quando Jane, outra humana, apareceu. A mesma coisa com Mogli com a diferença de que ele foi criado por lobos. O Super, mesmo sendo de uma outra espécie, resolveu se apaixonar por uma humana, e isso é meio doentio. Seria a mesma coisa que o Tarzan namorar uma gorila, ou o Mogli uma loba, é zoofilia. As similaridades físicas entre Clark e Lois Lane com certeza deixaram essa relação aceitável socialmente, mas se pensarmos a fundo e levarmos em consideração a questão genética, é muito bizarro. Grant Morrison até explorou essa questão no gibi All Star Superman, em que Lois e Clark discutem a possibilidade de ter filhos, mas descobrem que geneticamente é impossível, seria como tentar engravidar uma cabrita. Apesar de que no arco "O Reino do Amanhã" a Mulher Maravilha engravida do Super, o que continua sendo bizarro, uma vez que a Mulher Maravilha foi feita de barro e Zeus deu-lhe vida, aparentemente Barro é mais compatível geneticamente com os Kriptonianos que os seres humanos. Ou talvez seja por isso que a Bíblia nos diz que não podemos jogar nossa semente ao chão, não para evitar despedício de esperma, mas porque depois de 9 meses um montinho de areia pode bater na nossa porta para pedir pensão alimentícia (E dizem que não há sabedoria na Bíblia.).
Voltando a vida sexual do Azulão. Apesar dele ser chamado de Último Kriptoniano, ele não é o último, existem outros e outras, mas o Superman parece não se interessar muito pelas mulheres de Kripton (se bem que meia dúzia delas é a prima dele (não é erro de concordância, meia dúzia delas são a mesma pessoa de dimensões diferentes)). Superman guarda consigo uma cidade inteira de Kripton em uma garrafa, a cidade de Kandor, que foi miniaturizada e enviada com ele junto com um cachorro, a prima dele, a prima dele e a prima dele. Mesmo com toda a tecnologia do universo DC levou-se 70 anos até que eles criassem uma forma de reverter a miniaturização, que acabou gerando um novo planeta povoado de Kriptonianas. O Super ligou para isso? Não, ele preferiu a terráquea. É como se o Tarzan conhecesse a Jane e dissesse, "nah, prefiro a gorila!".
Concluindo, se o Batman é um doente que gosta de bater em pobres, o Superman não é muito melhor, a criação dele na fazenda talvez tivesse lhe dado humildade, mas também uma horrível predileção por enfiar o pênis em outro animais. Talvez seja por isso que até hoje a Mimosa (vaquinha dos Kent), olhe para ele com um jeito estranho.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Batman sucks...

Não sei se foi o dia de hoje (meu aniversário), mas eu fiquei com vontade de escrever e usei o tempo no trabalho para fazer isso, eu não corrigi nada, então não reclamem...

Porque eu não poderia ser um bom Batman - por Saul Farias

O Batman é um daqueles personagens icônicos, que todo mundo  conhece, seja pelas histórias em quadrinhos, mídia na qual foi  criado, seja pela série infame da década de 60 ou pelos atuais  filmes, ele é um personagem que integra a consciência coletiva  de todo o mundo ocidental. E porque não dizer, é um modelo de  conduta de crianças e jovens. Todo mundo um dia quis ser o  Batman.
Isso se deve ao fato de que o Batman, diferentemente de um  Superman, um Homem-Aranha ou um Lanterna Verde, não tem  super poderes, Batman é só um cara comum com fetiche por  morcegos. Então porque ninguém é o Batman?
Bom, para começar, Bruce Wayne, é podre de rico, pode se dar  ao luxo de montar aparatos tecnológicos sob medida para suas  desventuras noturnas, outro ponto é a forma física invejável e  quase sobre humana, além de ser versado em quase todas as  artes marciais existentes e mais algumas fictícias.
Então digamos que eu tenha a forma física do Batman, o  treinamento necessário e toda a grana que ele dispõe eu ainda  assim não seria um bom Batman. Simplesmente porque o Batman  é um idiota!
Vamos começar pela origem. Em uma bela tarde, o pequeno  Bruce Wayne discutia com seu pai, Thomas Wayne, o porquê do  segundo não passar mais tempo com a família. Eles bateram boca  e o pai sentiu-se culpado e planejou para a noite um programa  em família, iriam no cinema assistir o filme do Zorro. Após uma  agradável noite, eles saíram do cinema e Thomas Wayne  dirigiu-se até seu carro e pediu para o chofer (que havia  esperado até o fim da sessão) para ir sem eles, pois eles  voltariam a pé por um beco escuro e assustador com o sugestivo  nome de "beco do crime" no meio da noite, com a esposa  ostentando um colar de pérolas caríssimo e uma bolsa da Louis  Vitton (presumidamente), afinal de contas é isso que gente rica  faz quando sai do cinema. Na metade do caminho eles são  aboradados por Joe Chill (sim, Joe Chill, quem acha que os pais  do Batman foram mortos pelo Coringa vai ler a respeito), um  ladrãozinho mequetrefe, com uma pistola. Thomas Wayne,  multimilionário, inteligente e apaixonado pela esposa e filho, faz  uma das coisas que se diz para não fazer em um assalto, sem  temer pelo bem estar da esposa, do filho e seu próprio ele revida  ao assalto por causa de um colar de pérolas e faz a esposa ser  baleada, sendo baleado logo depois. Nesse momento, Bruce  Wayne,  traumatizado decide dedicar sua vida ao combate ao  crime. Ele pensa que o cara que acabou de matar a família é um  crápula que deve pagar por seus crimes, mas não percebe o  quanto seu pai foi imbecil de tomar todas as atitudes toscas que  tinha tomado na última meia hora. 1 - dispensar o chofer; 2 -  entrar em um beco escuro no meio da noite; 3 - não prestar  atenção na sua volta; 4 - revidar um assalto a mão armada por  uma jóia que ele poderia ter comprado como se fosse uma  bijuteria. Não! O único culpado por isso é a criminalidade. Preto  no Branco. E ele pensa naturalmente que a melhor forma de  combater isso é vestindo uma capa e socando os bandidos, afinal  ele acabara de assistir o Zorro. Só que essa é uma péssima  forma de combater o crime. Uma criança não vê isso, mas um  adulto inteligente e conhecido por usar a lógica detetivesca teria  condições de ver isso, mas ele não vê, ou finge não ver,  possivelmente porque é uma pessoa doente que tem gosto em  socar pessoas.

Batman é um idiota

Se eu fosse um bilionário playboy, que não precisasse levantar  um dedo para viver no luxo e ainda assim fosse comprometido  em acabar com a criminalidade, eu usaria o meu dinheiro para  investir em educação, programas sociais, saúde para a população,  etc... Com um programa de educação bem feito a criminalidade  com certeza diminuiria e seria muito mais eficaz que socar uma  pessoa por noite e superlotar os presídios.  OK, alguns vão dizer  que Bruce Wayne investe em causas sociais sim, ele é um  filântropo. Tudo bem, mas lembrem que Bruce Wayne foi criado  em um ambiente católico capitalista, a filantropia que ele faz é  meramente assistencialista, que as pessoas inteligentes sabem  que não resolve nada e só tapa buracos. Um bilionário nascido em  berço de ouro dificilmente veria as causas sociais como fonte do  mal. Ok, mas tem os psicopatas, vocês podem dizer, aqueles que  devem ser detidos e não foi a questão sócio-econômica que fez  deles ameaças para a sociedade. Tipo o Coringa, certo?  ERRADO! Quem não sabe a origem do Coringa pode ler "A Piada  Mortal" escrita pelo brilhante Alan "MotherfuckingGOD" Moore.  Aqui vai um breve resumo: um brilhante engenheiro perde o  emprego e não tem condições financeiras para pagar as  despesas médicas da esposa que está grávida, ele decide usar  seu conhecimento da empresa de produtos químicos que  trabalhava para guiar um grupo de ladrões que queria roubar  uma empresa de cartões de crédito que ficava ao lado. Durante  o assalto ele fica sabendo que a esposa morreu devido a  complicações com um acidente doméstico, ele decide desistir do  roubo, mas é obrigado pelos ladrões a continuar. Nesse meio  tempo o Batman aparece para acabar com os planos deles, e  durante a luta o pobre engenheiro é exposto a várias substâncias  tóxicas, transformando-o no Coringa! Vejam bem, se em Gotham  tivesse um programa de saúde destinado a mulheres grávidas  com dificuldades financeiras, financiadas, digamos, por um certo  filântropo bilionário, nada disso teria acontecido e Gotham nunca  teria que sofrer com as maluquices do Coringa. Ok, existem  outros além do Coringa, mas todos já passaram pelo Asilo  Arkham, que se tivesse um staff preparado e investimento em  segurança e no tratamento dos internados eles não fugiriam de  dois em dois dias. Parece até que é de propósito. "Nossa, Robin,  faz alguns dias que eu não soco a cara de alguém, leva essa  propina aqui para um dos guardas soltar o Charada, me deu  vontade de esbofetear o Charada.".
Bom isso conclui o meu texto. Porque eu não seria um bom  Batman? Porque o Batman é só um rico excentrico que tem como  fetiche bater em gente pobre e representa um risco para a  sociedade. Só isso!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sob a influência do alcool:

Algumas vezes nós tocamos completamente bêbados, e foram os shows mais legais que já fizemos, pelo menos é o que a gente pensa.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

X80 - Produtor

Por um breve período na vida da nossa banda, nós tivemos um "produtor"... e nós não nos orgulhamos muito disso: