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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Romeu e Julieta

Um pequeno texto que escrevi em 2006, não escrevi as outras partes e o desenlace, mas relendo ele esses dias vi que ficou bem legal... então estou postando aqui, talvez algum dia eu termine, mas atualmente estou trabalhando em outro projeto.

Romeu e Julieta...

Primeira parte.

Romeu vivia nas baladas. Tinha 17 anos de idade, mas já dirigia o carro do pai, uma BMW prateada. Ser um Montéquio tinha suas vantagens, afinal de contas, estava acima do bem e do mal, impune diante da lei dos homens. Parecia que tinha sido ontem que ele e seu amigo Mercúrio atearam fogo em um mendigo só por diversão, e não se divertiram só com isso, riram também da sociedade que foi incapaz de puní-los por um ato tão hediondo.
Nasceu e cresceu em uma família de classe alta extremamente influente na cidade onde morava, por isso mesmo, tinha o mundo em suas mãos, não precisou se preocupar com os estudos, porque ninguém o reprovaria, nem em se especializar em nada, pois afinal de contas, herdaria o império do pai. Ocupou sua ociosidade com drogas, mulheres e vandalismo. Rindo da vida que, em segredo, ria dele.
Uma semana após completar 17 anos, Romeu continuava sua comemoração. Combinou com Mercúrio de irem a uma danceteria da moda para encher a cara, lotar o cérebro de pó e criar confusão. Chegando lá, já entorpecidos, eles já criaram caso na entrada, furando a fila que dobrava a esquina. Mostraram um passe VIP ao porteiro causando desagrado geral das pessoas que ali estavam a horas esperando para entrar. Lá dentro, Romeu e Mercúrio acabaram se separando, pois não estavam em condições de raciocinar direito. Foi no andar de cima da danceteria, após uma rápida e nojenta excursão pelo banheiro, que Romeu acabou cruzando olhares com a menina mais linda que ele já havia visto na vida. Ficou fascinado e correu para falar com ela. Ela estava encostada em um dos pilares pegando um fôlego após ter dançado durante duas horas. Ele foi logo colocando o braço em volta dela e dizendo "Vc akredita in amor há primeira vixta, ou devu paçar pur aki + di 1 veiz?"... Ela riu, e ele sabia o que isso queria dizer, já foi agarrando a garota e a beijando, suas mãos serpenteavam pelo corpo dela enquanto que as mãos dela tornavam-se igualmente devassas. Ficaram uma meia hora nesses amassos até que ele, enfiando a mão no bolso e tirando a chave do carro, falou "Vc toma pihlolas?", ela acenou com a cabeça afirmativamente, "Belesa, eu odeiu akehlax porrax di plahstiku" "Vamu pru meu carru" e estavam indo mas no andar de baixo acabaram encontrando Mercúrio trocando socos e pontapés com um dos caras da fila que havia marcado a cara dele. Nisso o segurança começou apartar a briga e foi logo expulsando os dois encrenqueiros da danceteria. Romeu virou para a garota e disse "Bah mina, tenhu ki ajudah meu migu, mi dah teu celular, ki eu ti ligu pragenti marcah uma ponti". Ela sorriu, anotou algo em um papel que estava na sua carteira e colocou dentro do bolso da calça do rapaz aproveitando para acariciá-lo de uma forma obscena. "Mi liga" disse a garota no ouvido dele e depois deu uma pequena mordidinha na orelha dele. Ele deu mais um beijo nela e saiu do lugar.
No lado de fora encontrou Mercúrio jogado no chão com a cara toda arrebentada. O outro cara provavelmente havia continuado o espancamento do lado de fora da danceteria e, provavelmente, ainda fora ajudado pelo segurança do local. Romeu puxou o amigo pelas pernas até onde o carro estava, abriu o porta malas e tirou de dentro uma toalha que ele sempre trazia para caso merdas dessas acontecessem. Forrou o banco de trás com a toalha e jogou o amigo ali. Entrou no carro e dirigiu até o hospital mais próximo. A noite havia terminado.

Na noite seguinte, ainda recuperando os sentidos com um baseado, Romeu encontrou o pequeno papel que a menina tão delicadamente havia posto em seu bolso. O papel dizia "july_gostozinha@hotmail.com". Deu mais um pega, sentou na frente do computador, abriu o MSN e começou a teclar.

Fim da primeira parte... e fim do texto, por enquanto.

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